Abstract
Em nótulas preambulares, o presente artigo, cujo o problema central é uma análise sobre a concepção de democracia de Mangabeira Unger, será apresentada em três partes. Num primeiro momento, como uma tentativa de mostrar um mapeamento acerca da concepção teórico-prático no que diz respeito à democracia radical e propositiva, que posteriormente se entendera como experimentalismo democrático. No segundo momento, há, de forma pormenorizada, o bojo do pensamento ungeriano que se reflete e se estende em diversas áreas, como na filosofia política e direito. Porém, a direção e tentativa é tentar trazer um enfoque maior no que diz respeito ao experimentalismo democrático com ecos na sua “teoria social construtiva”, em seu estuário na filosofia política. É nesses soslaios que o pensamento de Mangabeira Unger se debruça com a análise do processo através do qual ele tenta desdobrar a dimensão explicativa de suas obras. E, por último, visa de forma imanente, discutir a imaginação institucional e de proposições programáticas e criação de futuros alternativos, reimaginando os arranjos institucionais, nas quais estas por sua vez vestem uma camisa de força entendida como fetichismo institucional e estrutural, vítima do pensamento preconceituoso oitocentista e novecentista.