Discurso 27 (1):139-180 (
1996)
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Abstract
O objetivo do artigo presente é uma reflexão acerca a possibilidade de atribução de intencionalidade à luz das chamadas hipóteses céticas, enquanto hipóteses no sentido em que nossas crenças e percepções poderiam ter uma origem causal totalmente distinta daquela que lhe atribuímos. Contra a posição cética, pretendo defender a seguinte tese naturalista: a nossa inserção causal e epistêmica no mundo enquanto pessoas em meio a coisas materiais desempenha um papel essencial na atribuição e identificação de estados intencionais. Para isso, abordarei aqui três argumentos: as considerações de Davidson em torno de uma "interpretação radical", a teoria causal da intencionalidade de Putnam e a minha reconstrução libre do argumento da linguagem privada de Wittgenstein