Abstract
O artigo procura esclarecer mutuamente a filosofia da natureza de Rosario Assunto, em particular a partir da sua obra magna - II paesaggio e l'estetica -, e a natureza da durée bergsoniana - a partir das obras Essai sur les donnés immédiats de la consciente e Matière et Mémoire. Mostra-se o carácter fundamental de um pensamento da temporalidade para a constituição de uma renovada filosofia da natureza. Os critérios estabelecidos pela durée bergsoniana permitem a Assunto a elaboraçã o dos dois conceitos-chave - temporalidade e temporaneidade - amplamente operativos para a compreensão da experiência estética da paisagem enquanto imagem espacial de uma temporalidade infinita ou meta-espacialidade, distinguindo-a da experiência temporânea da megapolis. Finalmente, pretende-se mostrar o carácter fundador da temporalidade da natureza relativamente ao tempo da cidade histórica, que a grande metrópole contemporânea tende a ocultar.