Abstract
O artigo examina os componentes eidéticos da lógica formal que, nos Cursos sobre ética e teoria do valor, Husserl toma como norteadores para o desenvolvimento da ideia de uma ética analogamente formal. Mostra-se, primeiramente, que o aspecto teórico e o caráter a priori da lógica perfazem o primeiro fio condutor analógico para a descoberta de um caráter semelhante também no domínio ético. Além disso, com vistas a legitimar a ideia de uma ética a priori, Husserl busca transpor para a esfera prática um análogo da refutação do ceticismo lógico. Finalmente, um terceiro fio condutor analógico conduz ao exame do caráter propriamente formal da ética.