Abstract

Trata-se da relação entre a condição de estrangeiro e a questão da hospitalidade: como o estrangeiro torna-se bárbaro, e como a hospitalidade torna-se hostilidade; assim, o primeiro paradoxo da hospitalidade, sobre a língua, aborda os três efeitos do choque entre as línguas estrangeira e vernácula, respectivamente o imperialismo, a aculturação e a ridicularização ou patologização do estranho - neste último caso, o medo do bárbaro pode se transfigurar em temor do próprio nativo -; depois, o segundo paradoxo da hospitalidade, sobre o nome, aborda os dois efeitos da exigência do nome, respectivamente a juridificação da existência, e o surgimento do bárbaro - neste último caso, o desafio não seria tornar o bárbaro estrangeiro, mediante domesticação ou docilidade, mas acolher o bárbaro, através da hospitalidade justa.