Abstract
Este artigo visa analisar indícios verbo-visuais de episódios de mal-estar enunciados por alunos que integram turmas da modalidade Educação de Jovens Adultos (EJA) em uma escola do interior baiano. Dedicamo-nos, especialmente, a compreender como os sujeitos semiotizam situações de embaraço social vivenciadas em salas de aula e(m) seus (d)efeitos. Como referencial teórico, partimos de pressupostos da Análise Dialógica do Discurso, da Clínica da Atividade e de outras categorias discursivas para lermos, a partir de uma dimensão axiológica, o corpus que é composto por duas biograficzines. A análise dos dados registra que os (res)sentimentos dos discentes, que se deixam materializar em termos verbo-visuais, deflagram situações que ilustram a complexidade de dinâmicas que perfazem interações didáticas no ambiente escolar. Trabalhos como o nosso contribuem para tensionar a realidade escolar-profissional possibilitando a exploração de outros ângulos de nossas atividades como sujeitos sociais.