Abstract
Em sua obra Sufismo e Taoísmo, Toshihiko Izutsu aponta o paralelismo existente entre estas duas correntes aparentemente díspares. Um ponto fulcral no qual se apoia o estudo comparativo de Izutsu é a origem xamânica dos dois movimentos sapienciais. Tomando como correta esta raiz apontada por Izutsu, pretendemos discutir neste artigo como estas “experiências xamânicas” podem ter dado origem a filosofias tão sofisticadas e elaboradas. Isso será realizado através do questionamento da localização destes dois fenômenos entre a filosofia e a religião, passando pela discussão do significado do termo Sufismo e seguindo em direção à caracterização destes como expressões de experiências que só podem ser entendidas no âmbito da mística que, sob alguns aspectos, é diferente tanto da religião quanto da filosofia.