Abstract
O artigo não é sobre Heidegger, mas sobre a coisa do pensar, para a qual ele acenou. A meditaçãoprocura pensar o relacionamento entre o pensar e o ser tal como se dá na dimensão da facticidade eda existência do humano, que é, ele mesmo, um abismo. O pensar se mostra como espera doinesperado e como memória criativa. A espera do inesperado não é um adiar do pensar, mas simuma insistência na serenidade da clareira do ser. A memória criativa é memória do porvir econcentração do pensamento que busca resgatar no pensado o impensado. O pensar dopensamento de até agora se erige como representação. A sua finitude, porém, testemunha o toque eo apelo do ser. O ser, no pensar de até agora, se deu como parousía, isto é, como advento à presençae como vigência atual, do presente. O traço fundamental do ser repousa no desencobrimento e naatualidade. O outro pensar, porém, que se dispõe ao outro princípio e à principialidade, éreivindicado, possibilitado e pro-vocado e conduzido ao seu próprio desde o abismo do mistério doser.