Abstract
Tomás de Aquino defende que a alma e as partes corpóreas humanas são subsistentes por si, levando a duas dificuldades. Primeiro, algo é classificado como subsistente por si quando não existe enquanto parte constituinte de uma substância. Assim, a subsistência por si refere-se às substâncias e não às suas partes. Segundo, Tomás defende que a subsistência por si da alma humana permite inferir a sua incorruptibilidade, mas que a subsistência por si das partes corpóreas não permite semelhante conclusão. Assim, dever-se-ia distinguir os significados de ‘subsistência por si’ quando aplicada à alma humana e às partes corpóreas. O presente artigo, portanto, discute estes problemas mediante duas perguntas: (1) Pode-se atribuir a subsistência por si às partes de umasubstância? (2) Há diferença no significado da noção de subsistência por si quando aplicada à alma humana e às partes corpóreas?