Abstract
Neste artigo, discutiremos os limites do modelo de estabilização empregado nas operações da Organização das Nações Unidas para construção da paz de longo prazo. Nosso argumento é que a estratégia política da estabilização, por ser baseada no uso robusto da força para combater grupos armados e apoiar governos no restabelecimento da autoridade estatal, acaba perdendo de vista os esforços de resolução dos conflitos, o que, no limite, contribui para o prolongamento da violência. Metodologicamente, o artigo se baseia no estudo do caso do combate ao grupo armado M23 pela MONUSCO na RDC, por meio da análise de dados e documentos que nos permitam avaliar dois aspectos principais: (i) os níveis de violência armada; e (ii) a condução de um processo político de resolução do conflito.