Abstract
Este artigo busca relacionar os fundamentos da Ética e da Organização do Conhecimento, percebendo-os como internamente conectados, para construir pontes conceituais entre os dois campos. O objetivo é propor uma caracterização da Ética e da Justiça Social, apontando as consequências de sua negação ou ausência na Organização do Conhecimento. Para isso, foi realizada uma investigação qualitativa que situa o debate ético em Platão e na formação da filosofia grega antiga, bem como apresenta o conceito de Justiça Social como paridade de participação, nos moldes estabelecidos por Nancy Fraser. Os resultados indicam que a práxis voltada para a Justiça Social pode ser considerada um supravalor para a Organização do Conhecimento, atuando no sentido de fortalecer sua própria fundamentação teórica e sua orientação pela ampliação da democracia.