Abstract
De forma impressionante, já no século XVI, tão marcado pelo aumento do absolutismo na Europa, o autor das Vindiciae procura corajosamente mostrar que em todos os reinos bem ordenados, tanto nos antigos como nos contemporâneos, a existência de representantes do povo é uma constante. Ao apresentar esses representantes, alguns permanentes, outros, extraordinários, quais são as intenções de Mornay? Este artigo procura mostrar que, para o autor das Vindiciae, esses eram os legítimos representantes do povo. Os exemplos apresentados visavam estabelecer uma importante correlação do que ocorria em outros lugares e épocas em relação ao que o autor pretendia na França quinhentista. De igual forma mostra que o rei não reinava ‘sozinho’, que o poder era compartilhado com esses representantes do povo que detinham alguma forma de prestígio, influência e autoridade. E finalmente apresentar aqueles que seriam os representantes do povo na resistência à tirania.