Abstract
Descreve-se a ruptura epistemológica entre a racionalidade moderna e a racionalidade pós-moderna, no que tange à experiência religiosa e o evento da subjetividade a partir do pensamento teológico de Carlos Mendoza Álvarez. Se a concepção do sujeito autônomo implicou a negação da alteridade e o abandono das metáforas de transcendência para a salvação, a irrupção da subjetividade pós-moderna marca a impossibilidade de conceber a humanidade fora da religação com o outro e com a transcendência. Nesse novo contexto, o fenômeno do retorno do religioso surge como sinal dos tempos pós-modernos: sinal de reencantamento da cultura e abertura à outra ordem da existência. É a oportunidade de reabilitar a experiência com o Mistério transcendente do real, cultivado por todas as tradições religiosas, que em linguagem monoteísta chamamos Deus.