Abstract
O artigo procura meditar a imbricação de filosofia e liberdade como e enquanto um movimento desde a vida indeterminada ou apática para a singularização de uma Vida determinada, qualificando-a como Vida filosófica. Vida filosófica como perfazendo um modo de ser no estudar/lecionar filosofia filosoficamente. Esta forma de Vida filosófica imita o modo de ser de toda obra filosófica consagrada pela Tradição: em tudo que o filósofo diz, pensa, ou escreve está em jogo o movimento do caçar a mesmidade da filosofia. O estudo filosófico da filosofia se empenha não nas muitas filosofias, mas na análise meditativa de uma filosofia, e, a partir do aprendizado da tematização do mesmo que aí acontece, então, acessamos todas as filosofias a partir de uma filosofia. Por fim, dialogaremos com Hannah Arendt sobre seu testemunho do magistério de Heidegger. Muitos filósofos contemporâneos, clássicos na História da Filosofia, foram seus alunos comprovando a eficácia do magistério heideggeriano. Por que no atual contexto brasileiro de discussões sobre Filosofia do Ensino de Filosofia isto tem surpreendentemente tão pouca repercussão e valorização?