En este trabajo se expone y comenta esquemáticamente la biofilosofía de Hans Jonas, poniéndola en relación con su visión del ser humano. Para Jonas la vida se distingue de la materia inerte por la libertad ganada desde la aparición del metabolismo. Percepción y emoción generan un hiato o mediatez entre el interés animal y su satisfacción; la conducta animal sería, entonces, el segundo grado de libertad. Con el ser humano surge un nuevo grado de libertad, que implica un salto ontológico (...) caracterizado por el autor como transanimalidad. Lo transanimal remite a un modo propio de apropiarse del mundo, que se distancia de la satisfacción de las necesidades meramente biológicas, que no reviste utilidad para él, y que lo lleva a encontrarse consigo mismo y reflexionar sobre su propia existencia. En este plano Jonas examina tres signos de lo humano: la herramienta, la imagen y la tumba. La antropología de Jonas entronca con su comprensión de la realidad natural como fenómeno vivo y con su fenomenología de la vida animal. Este planteamiento de Jonas nos parece original y fecundo. Sus aportes iluminan la paleontología contemporánea, aportan criterio para juzgar el nivel de desarrollo humano en toda época y aportan una base sólida donde poder anclar una metafísica. (shrink)

Este trabalho tem como objetivo analisar a reflexão de Hans Jonas acerca do estatuto ontológico do animal que está inserida, neste contexto, em uma análise mais geral sobre o fenômeno da vida e se apresenta como um momento importante na ontologia que pretende combater o dualismo e a ruptura entre animais humanos e não humanos. Ao reconhecer graus diferenciados de atividade espiritual entre os seres vivos, o autor, contudo, não partilha a ideia de uma igualdade plena entre os animais, embora (...) sua perspectiva parta de traços comuns que acentuam a transanimalidade do homem, ou seja, o seu pertencimento e, ao mesmo tempo, a sua diferença em relação às alimárias. Por isso, sua filosofia não se limita ao discurso sobre os direitos animais, mas, antes, pretende pensar uma nova ontologia animal e uma nova animalidade humana a partir da integridade psicofísica e da relação constitutiva dos animais humanos e não humanos no âmbito da natureza. (shrink)

Partindo das considerações de Hans Jonas sobre a sua biologia filosófica geral, sobrevém a pergunta sobre a diferença ontológica entre os seres vivos nos distintos reinos da vida aos quais temos acesso fenomenológico direto, isto é, a diferença ontológica entre vegetais e animais. Aristóteles já havia respondido a esta pergunta e Hans Jonas vai por caminho semelhante. Seguindo o viés fenomenológico usado como método pelo autor, explicitaremos, também, o que Hans Jonas considera ser a transanimalidade humana, ou seja, a diferença (...) ontológica entre o homem e os demais animais não humanos. (shrink)