O senso comum e a filosofia

Veritas – Revista de Filosofia da Pucrs 64 (2):e33525 (2019)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Ainda que pouco conhecido e estudado em nossa época, o filósofo neokantiano russo, de origem greco-alemã, Afrikan Spir, produziu uma obra original que teve repercussões importantes em seu tempo. Nascido um pouco antes de Nietzsche, em 1837, Spir será citado por ele, sobretudo, no que se refere às questões que envolvem o caráter transcendental do conhecimento. Afinal, como Kant, Spir defende que o mundo nos aparece mediado por nossa sensibilidade; mediado e organizado pelas estruturas “a priori” do conhecimento, ou seja, do mundo recebemos apenas impressões sensoriais, qualidades sensíveis, cabendo ao sujeito cognoscente ordená-las a partir de suas intuições. No entanto, na intitulada filosofia crítica de Spir, o único e o verdadeiro, à priori, é o “princípio de identidade”, que seria o responsável pela síntese do conhecimento, seja de nós mesmos, seja dos objetos do mundo. Em poucas palavras, segundo Spir, e contestando o senso comum e o próprio objetivismo científico, não existe nada que seja estável e absoluto fora de nós. Todo o absoluto diz respeito ao pensamento. Mesmo o “eu” nada mais é do que uma síntese operada pela consciência.

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 93,745

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

Descartes e o ceticismo.Luiz Bicca - 2015 - Prometeus: Filosofia em Revista 8 (18).
Dinâmica do conhecimento.Cristiano Bonneau - 2021 - In Marcos Nicolau (ed.), Nada é sem Razão. pp. 3-11.

Analytics

Added to PP
2019-10-17

Downloads
13 (#288,494)

6 months
13 (#1,035,185)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

No references found.

Add more references