Abstract

ABSTRACT In this paper I will provide a reading of the relation between nature and spirit starting from an analysis of the movement of positing and presupposing, discussed by Hegel in the "Science of Logic" in his discussion of the transition between Being and Essence. 1) I will offer an analysis of the logical context within which this dialectical movement emerges. 2) I will show the role played by this dialectical movement in determining the relation between the spheres of nature and spirit in Hegelʼs "Encyclopedia". 3) I will then claim that a difficulty related to this movement arises in the "Logic", and that this difficulty reverberates in the relation between nature and spirit in Hegel's system. In particular, 4) an ambiguity arising at a logical level generates two different configurations of this movement, depending on whether the latter is meant to describe the relation of 4.1) the finite or of 4.2) the infinite spirit to nature. 5) I will finally focus on some problems deriving from my reconstruction and I will try to suggest - in very general and programmatic terms - in what sense the internal analysis of the relation between nature and spirit in Hegelʼs system can be fruitfully discussed against the dominant framework of the contemporary debate, i.e. naturalism. However, this suggestion does not necessarily imply an endorsement of Hegel's position. RESUMO Neste artigo, proponho-me a fornecer uma leitura da relação entre natureza e espírito a partir de uma análise do movimento de pôr e pressupor descrito por Hegel na "Ciência da Lógica", na passagem do Ser à Essência. 1) Analisarei o contexto lógico dentro do qual surge o movimento de pôr e pressupor. 2) Mostrarei o papel deste movimento dialético na determinação da relação entre as esferas da natureza e do espírito na "Enciclopédia" de Hegel. 3) Destacarei uma dificuldade que emerge na "Lógica" e mostrarei como esta dificuldade tem repercussões sobre a relação entre natureza e espírito no sistema de Hegel. Em particular, 4) uma ambiguidade que emerge no nível lógico gera duas diferentes configurações deste movimento, dependendo de se ele descreve 4.1) a relação do espírito finito ou 4.2) a relação do espírito infinito com a natureza. 5) Na última parte, mostrarei alguns problemas que derivam de minha reconstrução e tentarei sugerir - em termos gerais e programáticos - em que sentido uma análise interna da relação entre natureza e espírito em Hegel pode ser proficuamente discutida com respeito ao paradigma dominante do debate contemporâneo, isto é, o naturalismo.