Por um Pluralismo de Estratégias nas Ciências Cognitivas

Revista Perspectiva Filosófica 46 (2):53-70 (2020)
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Abstract

Como área interdisciplinar, as Ciências Cognitivas começam a se desenvolver em meados da década de 1950 a partir de uma concepção compartilhada sobre a mente, hoje chamada de cognitivista. Esses pesquisadores concebiam a mente com uma natureza representacional que opera por meio de computações simbólicas. Atualmente, há uma multiplicidade de abordagens e teorias sobre a mente. Nesse espectro de posições, há desde abordagens tradicionais, que concebem a mente como representacional, até abordagens bastante radicais, que negam qualquer natureza representacional para a mente. Após introduzir este tema, apresentamos as críticas de William Ramsey à representação enquanto definidora das Ciências Cognitivas ou, em outros termos, à representação enquanto critério de demarcação do cognitivo. Desenvolveremos uma hipótese interpretativa para a crítica de Ramsey mobilizando o conceito de estratégia de pesquisa, de Hugh Lacey. Apresentaremos a distinção de Lacey entre adoção de uma estratégia e aceitação de uma teoria, discutindo a suposta independência avaliativa entre estratégia e teoria. Finalizaremos com a defesa de um pluralismo de estratégias nas Ciências Cognitivas. Diferente de concepções que buscam reduzir prematuramente as Ciências Cognitivas a uma única estratégia, o pluralismo que defendemos equilibra a eficiência na resolução de problemas com outros valores considerados importantes, como a abrangência empírica e a neutralidade no sentido de inclusividade e equitatividade de valores. No atual momento das ciências cognitivas, o pluralismo de estratégias constitui o caminho mais promissor.

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