Abstract
Partindo do empreendimento heideggeriano de uma “experiência com a linguagem”, que encontra na poesia a via régia para, nas palavras de Heidegger, “trazer a linguagem, como linguagem, à linguagem”, buscaremos compreender filosofia e poesia, na medida em que são discursos com pretensões à verdade e à exposição do que seja a linguagem, como formas de discurso caracterizados pela elisão da figura do autor no gesto mesmo da escrita. Nessa busca, tomaremos contato com a poesia drummoniana e com uma sutil estratégia retórica encontrada nos diálogos de Platão, notada por particularmente Jeanne Marie Gagnebin.