Abstract
Neste artigo, dá-se seguimento a outros dois estudos que buscaram interpretar a Primeira Parte do Prólogo de Duns Scotus à Ordinatio como um complexo tratado “anti-averroísta”. Para tanto, toma-se como caso de análise o terceiro argumento dos “filósofos” contra a necessidade do conhecimento de verdades reveladas sobrenaturalmente. A análise desse argumento parece poder ilustrar uma forma específica de “averroísmo” e a atitude de Scotus acerca da mesma, mostrando também, em geral, convicções scotistas sobre a relação entre teologia e filosofia. Trata-se do terceiro de uma série de quatro ensaios sobre o tema.