Abstract
As transformações a que as cidades estão sujeitas têm suscitado um discurso ambivalente sobre a cidade, um discurso que tem desenhado, não raras vezes, os seus limites na própria delimitação do espaço físico urbano. No entanto, não devemos esquecer que a revitalização da vida comunitária deverá considerar outras dimensões, compreendendo os patrimónios político, social, arquitectónico e urbanístico. Acima de tudo, a cidade contemporânea de carácter multicultural requer uma renovada urbanidade do pensamento.Propomos, então, uma abordagem que tentará, pela partilha cruzada da arquitectura, do urbanismo e da filosofia, superar um entendimento estritamente utilitário da cidade, de modo a provocar e informar as novas políticas urbanísticas e os seus modelos de gestão, em ordem à civilidade, procurando reforçar o que une os saberes e não o que os separa.