Abstract
Quando a proposta é tratar do problema das paixões e da questão moral no pensamento cartesiano, não restam dúvidas quanto a importância do seu Tratado das paixões, por excelência um tratado de moral. No entanto, havemos de reconhecer que, para tais discussões, tão importante quanto o Tratado, são seus antecedentes, sobretudo a correspondência mantida com a Princesa Elisabeth entre 1643 e 1649. Acompanhando essa correspondência torna-se manifesto que ela é responsável direta pela elaboração do Tratado. Consideramos que, a partir dos assuntos que abordam, as cartas compreendidas nessa correspondência podem ser divididas em grupos, de maneira que as mais importantes para o Tratado, conforme julgamos, estão compreendidas nos grupos de cartas que tratam de assuntos médicos e morais, como apresentamos nesse artigo.