Abstract
A fé absoluta na capacidade da tecnologia em promover melhorias sociais sofreu fortes críticas no último século. O escritor norte-americano Lewis Mumford denunciou este mito e seus prejuízos, estabelecendo-se como uma voz de reação contra os valores impostos pela sociedade industrial tecnocrática. Embora Mumford tenha destacado as denúncias sobre o poder desmedido da esfera tecnológica da vida moderna, e as razões históricas que nos legou essa cultura, suas teses sugerem um otimismo frente à possibilidade de controlarmos e reorientarmos seu desenvolvimento. Neste artigo, trazemos a aposta de Mumford para uma possível reorientação radical de atitudes que transformariam esta civilização, sempre em vistas a um desenvolvimento civilizatório mais equilibrado e orientado à emancipação humana.