Abstract
Bernard Mandeville denunciou a filosofia moral de seu tempo, tanto suas dimensões teóricas quanto práticas, como elitista e contrária à natureza humana. As explicações e recomendações derivadas dessa filosofia moral, segundo Mandeville, eram inadequadas para entender e governar a sociedade comercial. Mandeville examinou as explicações existentes sobre a natureza humana, confrontou-as com o que apresentou como fatos e desvendou suas contradições. Isso leva ao desafio de Mandeville: aceitar as coisas como elas são ou assumir a responsabilidade da transformação. Este é o desafio que pretendo explorar neste artigo. Podemos continuar vivendo em uma sociedade altamente desigual baseada no orgulho e na vergonha ou podemos criar incentivos que levem a um cálculo diferente das paixões de acordo com um critério utilitário.