Abstract

Instalada na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) logo após o golpe civil-militar 1964, a Comissão Especial de Investigação Sumária (Ceis) teve como objetivo investigar ações consideradas subversivas, envolvendo professores, funcionários e estudantes. A presente pesquisa buscou saber como tal acontecimento é hoje relembrado por alguns estudantes da época, diretamente envolvidos naquele contexto. Para a busca de dados, optou-se pela História Oral, coletando narrativas de cinco sujeitos, além de pesquisa documental: atas, fichas de informações, ofícios e matérias no jornal Correio do Povo. Para fundamentar a análise, foram utilizados referenciais advindos de Alistair Thompson, entre outros. Além de abordar situações da repressão instalada na universidade, o texto também apresenta alguns desdobramentos acerca do processo de pesquisa que adota a memória como fonte a ser considerada no processo analítico