Abstract
Pretendemos neste trabalho sustentar a ideia de que, seguindo um percurso que vai de Sein und Zeit aos textos mais tardios, a compreensão do pensar, especialmente tendo em conta a íntima relação desta compreensão com o conceito de existência, esteve caracterizada pela concepção de finitude. Assim, segundo esta hipótese, o pensamento da história do ser teria como meta revelar ao mesmo tempo o retraimento do ser que se opera por um pensar – chamemo-lo de “expropriador” – e a necessidade de se inaugurar um novo pensar, que é o que estaria em jogo na viragem. Intuídos já em Sein und Zeit morte e finitude, firmar-se-iam como conceitos nucleares para a compreensão da importância, do alcance e da posteridade da filosofia heideggeriana.