Abstract
O objetivo do presente ensaio é apresentar os principais pontos da crítica de Hans Jonas à concepção de natureza desenvolvida na modernidade, sobretudo pelas ciências naturais e pela matemática. A influência da matemática e da física, diz Jonas, projetou sobre a natureza e sobre o cosmos um olhar científico que, interessando em entender “apenas” seu funcionamento a partir das descobertas das leis que os regem, legou-nos um cosmos e uma natureza destituídos de valor intrínseco. Compreender essa análise de Jonas sobre a concepção de natureza na modernidade nos permite entender a preocupação do filósofo a respeito do modo como os seres humanos se relacionam e agem com/no mundo natural, tarefa importante para situar sua fenomenologia dentro de seu projeto ético.