Odeere 9 (1):1-4 (
2024)
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Abstract
Este estudo explora alternativas de gênero e sexualidade construídas por grupos étnicos subalternizados que antagonizam com o que estabelece a norma resultante da cosmovisão dos colonizadores europeus. Sustentamos a tese de que a resistência de grupos étnicos subalternizados, dispersos pelo mundo, evidencia cosmovisões alternativas. Como resultado principal, consideramos que, tendo em vista que no Brasil a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008 estabelece a obrigatoriedade do ensino de “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” em todos os componentes curriculares da Educação Básica, compreendemos que é papel também do Ensino de Ciências problematizar as noções biologizantes e reducionistas de corpo, à luz do que nos ensinam os grupos étnicos subalternizados sobre gênero e sexualidade. Assim, o desenvolvimento e a análise de propostas de ensino de ciências que articulem gênero, sexualidade, colonialismo e as culturas de povos subalternizados é um campo de pesquisa latente de investigações.