Helena, sempre Helena..
Abstract
A literatura cria e recria personagens femininos que marcaram gerações, mas nenhuma personagem foi tão “recriada” nem marcou tanto quanto Helena. Este artigo resgata uma dessas recriações, como uma doce lembrança que apazigua os corações: a versão de Eurípides, encenada em 412 a.C. A sedutora, mas traidora Helena passa a ser um ardil divino, pois a verdadeira Helena é virtuosa e não está em Tróia, mas no Egito, esperando que o desígno dos deuses se cumpra, que Tróia seja destruída e que, finalmente, Menelau a leve de volta ao lar. A Helena de Troia, portanto, não passa de um eídolon; reler Helena de Eurípides é uma oportunidade de se repensar o lugar dessa personagem na história e na literatura. Essa é a nossa proposta