Abstract
A dualidade fenômeno/coisa em si não parece ser paradigma sustentável nesse ensaio de Nietzsche, apesar de sua então confessa filiação a Schopenhauer. A ideia de Kunsttrieb, herdada de Schelling, o situa em um cenário bem mais afeito à noção dionisíaca de criação, o que impõe certa distância em relação às inclinações ascéticas próprias da concepção schopenhaueriana de estética. A apresentação proposta tem em vista discutir as possíveis incongruências entre as apropriações de Schelling, Schiller e de Schopenhauer nesse escrito de Nietzsche.The duality phenomenon/thing in itself doesn`t seem a sustainable paradigm in that essay by Nietzsche, in spite of his confessed filiation to Schopenhauer. The idea of “Kunsttrieb”, inherited from Schelling, indicates a scenario much closer to the Dionisiac notion of creation, which presumes some distance concerning the typical ascetic inclinations of Schopenhauer’s conception of esthetics. The proposed presentation has the purpose to discuss the possible incongruences between the Schelling, Schiller and Schopenhauer appropriations in that composition by Nietzsche