Abstract
O objetivo deste artigo é promover um balanço crítico da medievalística brasileira nestas cerca de quatro décadas do seu sistemático desenvolvimento. Consideradas as primeiras iniciativas de promoção do período entre nós, passamos à avaliação da institucionalização do campo de pesquisas no Brasil, abordando as potenciais razões do seu vertiginoso crescimento. Por fim, consideramos o estatuto ontológico, epistemológico e teórico do estudo da Idade Média, centradas na crítica de vertentes hoje hegemônicas no campo em questão, dominado por posições que constituem a historiografia como uma prática pseudocientífica que reduz o ofício do medievalista a uma enfadonha paráfrase das fontes de outrora.