Abstract
Este ensaio teórico tem por objetivo analisar criticamente os confrontos entre uma filosofia do uso ou da apropriação, das coisas e da vida, através da leitura da História da sexualidade II: O uso dos prazeres de Michel Foucault. Surgem possibilidades ético-políticas da potência do uso para constituir projetos-de-vida a partir da teorização do uso, que abarca a reflexão acerca do momento oportuno de uso, do comedimento ao uso e da sua relação com a liberdade e a verdade. Por necessidade, momento ou status inserido em regras formais de uso, a autogestão da vida, por vezes, gera uma luta consigo mesmo para resolução de problemas e alcançar objetivos. Portanto, o planejamento da vida é concedente de liberdade e emancipação.