Journal Name: Semiotica Issue: Ahead of print.

A dor do ponto de vista clínico é definida como estímulo e resposta a partir de fenômeno biológicos complexos e subjetivos nas dimensões sensorial-discriminativa, afetivo-motivacional e cognitivo-avaliativo. Sua definição tem sido um desafio ao longo da história, desde a sua percepção como uma experiência espiritual e mística nos primórdios tempos, até o seu entendimento em termos biológicos como uma sensação física e mecânica que passa pelas fibras e alcança o cérebro. A dor é um efeito extremamente necessário uma vez que (...) é um sinal de alarme de que algum dano ou lesão está ocorrendo, embora a dor possa também estar presente na ausência de qualquer estímulo, dano ou doença detectável. Preponderantemente a dor é eliminada uma vez que o estímulo nocivo é removido, no entanto, a dor pode persistir apesar da remoção do estímulo e cicatrização aparente do tecido sendo denominada de dor crônica, com influência multidimensional. O limiar de dor fisiológico é definido como o ponto ou momento em que um dado estímulo é reconhecido como doloroso, o que pode variar de um indivíduo para o outro, e ainda estar associado as experiências prévias com lesão tecidual real ou potencial e a fatores psicológicos. Dessa forma, esta análise aborda a etimologia, histórico e evolução na concepção da definição da dor do ponto de vista clínico baseada na antiga e recente definição de dor pela Associação Internacional para Estudos da Dor frente ao contexto biológico que inevitavelmente é influenciado pelas condições psicossociais. Pode-se finalmente, estabelecer que há fortes indícios de associação entre lesão tissular e dor biológica com o sofrimento, comportamentos dolorosos e incapacidade. É evidente que o sofrimento e o comportamento originados a partir da dor do ponto de vista clínico, não se devem inteiramente à nocicepção originada por uma lesão tissular, pois os comportamentos dolorosos podem perpetuar-se em decorrência de fatores ambientais e de influências que não podem ser objetivamente avaliadas. A partir desse contexto, os bons programas de controle de dor devem ter uma abordagem cognitivo-comportamental e incorporar estratégias terapêuticas físicas, farmacológicas e psicológicas. Nenhum tratamento isolado é tão eficaz para a redução da dor crônica refratária como a conduta multidisciplinar. (shrink)

This paper examines the different discourses adopted concerning the climate change-migration nexus within the European Parliament (EP). It uses a critical discourse analysis approach to analyse a specific motion for resolution report, its amendments, and plenary debates, as well as an expert interview with the rapporteur to gain further insights into the political dynamics and challenges involved in the process. An own-initiative report is chosen for the analysis to reveal conflicting discourse-making processes between various political groups within the EP and (...) to better understand the role of the EP in the legislative branch of the European Union. It is found that political ideology plays an influential role. Even though political groups agree on the aims of the report, they constantly debate and use amendments to change content and extent. Therefore, we claimed that political discourses in a parliamentary setting should be analysed by specifically evaluating diagnostic, prognostic, and motivational arguments of discourses. (shrink)

What makes philosophy metaphysical? Understood as the search for truth, philosophy has led those seeking it to the question of Being, says Gunter Figal. He shows that because this devotion to truth and Being are the heart of metaphysics, it is what makes up philosophy's metaphysical character. Figal embraces this, and, leaving arguments for simple affirmation aside, offers instead a critical discussion of the positions adopted by metaphysical philosophy's founding fathers, Parmenides, Plato and Aristotle. Alongside a phenomenological transformation of the (...) latter's ontology, Figal also sets out why he regards metaphysics as just one philosophical perspective among others, and not as a dominating `first philosophy?. The outcome is philosophy as a de-centered, non-hierarchical and liberating project. (shrink)