Papel Dos Adjetivos Modificacionais No Discurso Ficcional

Veritas – Revista de Filosofia da Pucrs 68 (1):e44617 (2023)
  Copy   BIBTEX

Abstract

Argumento, seguindo a perspectiva de Amie Thomasson acerca da metafísica da ficção, que os objetos ficcionais são artefatos abstratos. No entanto, o artefactualismo encontra dificuldades em fazer sentido das propriedades que podemos atribuir corretamente a um objeto ficcional: como é possível que um personagem ficcional, como L. B. Jefferies do filme Janela Indiscreta, seja um fotógrafo e um artefato abstrato ao mesmo tempo? Tal personagem pode fazer algo como investigar um crime? A fim de solucionar essa tensão conceitual, introduzo o vocabulário desenvolvido por Andrea Bonomi que trata dos proferimentos ficcionais, metaficcionais e paraficcionais. Então, em oposição às perspectivas que usam a noção de faz-de-contas para analisar o discurso ficcional, apresento a teoria dos adjetivos modificacionais de Hans Kamp e Barbara Partee e argumento que os usos que fazemos do adjetivo ‘ficcional’ são intersectivos no que diz respeito à metafísica dos objetos ficcionais, enquanto são privativos no que diz respeito às propriedades que lhes são atribuídas de acordo com a história. Consequentemente, apesar dos objetos ficcionais não exemplificarem as propriedades que lhes são atribuídas em uma história, uma vez que artefatos abstratos não têm localização espacial e não podem estabelecer interações causais com outros objetos, essas são as propriedades que temos permissões e somos obrigados a lhes atribuir. Assim, apresento uma perspectiva unificada sobre como as nossas práticas de ficção são inteligíveis e estão de acordo com a perspectiva artefactual.

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 91,897

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

Los adjetivos deverbales y la noción de dominio ontológico.Antonio Fábregas - 2017 - Logos: Revista de Lingüística, Filosofía y Literatura 27 (1):165-181.
A ficção literária serve pra quê? Ou quem tem medo de Elizabeth Costello?Licia Kelmer Paranhos - 2017 - Clareira: Revista de Filosofia da Região Amazônica 4 (4):215-233.
Ficção e história na narrativa contempor'nea.Letícia Malard - 2008 - Educação E Filosofia 10 (19):105-113.
El mundo ficcional: Fenomenología del mundo de fantasía.Ricardo Mendoza-Canales - 2020 - Logos. Anales Del Seminario de Metafísica [Universidad Complutense de Madrid, España] 53:265-282.
El discurso sobre la criminalidad en las noticias televisivas en Costa Rica.Adrián Vergara - 2016 - Logos: Revista de Lingüística, Filosofía y Literatura 26 (2):241-259.
Ficção e metafísica.Italo Lins Lemos - 2021 - Veritas – Revista de Filosofia da Pucrs 66 (1):e39851.
Obliquamente, os mitos.Loraine Oliveira - 2016 - Prometeus: Filosofia em Revista 9 (21).

Analytics

Added to PP
2023-11-23

Downloads
9 (#1,254,142)

6 months
9 (#308,527)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

Prototype theory and compositionality.H. Kamp - 1995 - Cognition 57 (2):129-191.
Speaking of fictional characters.Amie L. Thomasson - 2003 - Dialectica 57 (2):205–223.
Fictional, Metafictional, Parafictional.François Recanati - 2018 - Proceedings of the Aristotelian Society 118 (1):25-54.
Against Fictional Realism.Anthony Everett - 2005 - Journal of Philosophy 102 (12):624-649.

View all 11 references / Add more references