Abstract
O presente artigo tem como objetivo apresentar algumas considerações acerca de uma das noções chave da ética espinosana, a saber, a noção de afeto. Com essas considerações destacamos dois momentos: no primeiro, apontamos que, ao fazer uso da noção de afeto Espinosa pode pensar a afetividade humana de maneira distinta daquela pela qual foi pensada pela tradição, isso é, pode pensa-la não apenas do ponto de vista da paixão senão também da ação, o que implica, em outras palavras que, ser afetivo não corresponde necessariamente a ser passivo. No outro momento discorremos acerca das duas definições de afeto presentes na Ética, procurando esclarecer uma e outra, e mostrar o porquê de Espinosa apresentar duas definições distintas para uma mesma coisa.