O problema do mal na Religião nos limites da simples razão

Con-Textos Kantianos 7:252-274 (2018)
  Copy   BIBTEX

Abstract

O presente artigo objetiva demonstrar que a proposição "o homem é mau por natureza" é sintética a priori prática, uma vez que, o terceiro grau de propensão, a malignidade, trata de uma caraterística antropológica do caráter inteligível do ser racional finito. Para validar a nossa hipótese interpretativa, afirmaremos que os dois primeiros graus de propensão, a fragilidade e a impureza, se ocupam do caráter sensível do ser humano, pois ele é sobredeterminado tanto pela inclinação quanto pela lei moral, mas isso não significa que o homem admitiu a inclinação como uma regra do seu arbítrio, mas apenas a sua dificuldade de lidar com esses diferentes motivos na execução da ação. Diferente desses níveis, a malignidade pressupõe admissão da inclinação como uma regra universal do arbítrio e conforme Kant esse ato do arbítrio é inteligível e cognoscível apenas pela razão, pois ele visa viabilizar a predicação da natureza humana como má, o que não pode ocorrer mediante qualquer característica antropológica empírica, mas apenas mediante a predicação do caráter inteligível do ser racional finito. Por essa razão, defenderemos que a proposição "o homem é mau por natureza" é sintética a priori prática.

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 92,923

External links

  • This entry has no external links. Add one.
Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

O conceito de mal radical.Adriano Correia - 2005 - Trans/Form/Ação 28 (2):83-94.
The concept of radical evil.Adriano Correia - 2005 - Trans/Form/Ação 28 (2):83-94.
O pessimismo moral Schopenhaueriano: Origem, significado e alcance.Dax Moraes - 2017 - Ethic@ - An International Journal for Moral Philosophy 16 (2):347-374.
Razão e moral em Kant.Hildemar de Araújo Bezerra - 2014 - Dialektiké 1 (1):81-88.
Mal radical e psicologia moral em Kant segundo John Rawls.Aguinaldo Pavão - 2013 - Ethic@ - An International Journal for Moral Philosophy 12 (1):101-111.
Para todo mal, a cura.Maria Borges - 2014 - Con-Textos Kantianos 1:10-22.
Educação e servidão em Espinosa.Fernando Bonadia de Oliveira - 2013 - Filosofia E Educação 5 (1):210-233.
O “caso De Necessidade” Na Ordem Política.Diogo Aurélio - 2002 - Cadernos de História E Filosofia da Ciéncia 12 (1/2).
Vida humana, um conceito da antropologia filosófica.Ernildo Stein - 2019 - Veritas – Revista de Filosofia da Pucrs 48 (4):519-531.

Analytics

Added to PP
2019-08-03

Downloads
2 (#1,815,597)

6 months
1 (#1,508,411)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

Kant Uber Freiheit als Autonomie.Gerold Prauss - 1984 - Journal of Philosophy 81 (5):270-273.
Briefe über die Kantische Philosophie.C. L. Reinhold & Raymund Schmidt - 1924 - Annalen der Philosophie Und Philosophischen Kritik 4 (3):31-31.

Add more references