Este artigo quer mostrar que Kant descobriu, segundo Eric Weil, o problema do sentido. Entretanto, Eric Weil observa que Kant não encontrou uma linguagem apropriada para falar do sentido. A linguagem de Kant era ainda uma linguagem ontológica. Malgrado isso, Kant conseguiu fechar, na terceira Crítica, o abismo que separava natureza e liberdade.

Le premier de ces essais traite de la question tant discutee de la chose-en-soi; le second d'un probleme qui, en revanche, a semble neglige par la plupart des commentateurs, a savoir, celui de l'unite de la Critique du jugement, qui est, en meme temps, celui de l'unite du systeme kantien et celui de l'unite du monde, le probleme du sens de l'existence et de l'existence du sens; le troisieme permet de voir, sur un exemple concret, comment la seconde revolution de (...) la pensee kantienne, celle de la Critique de la judiciaire, donne a Kant le moyen de penser non seulement le fondement necessaire de tout jugement scientifique ou moral, mais la realite que ces jugements saisissent. Le dernier est consacre a la morale, a la religion et au mal radical. Il s'agit bien, dans ce volume, de quelques problemes kantiens qui contribuent a une discussion avec Kant. (shrink)

O mal ocupa a condição de problema para a filosofia desde a Antiguidade. Passando pelas ponderações dos estóicos e de Santo Agostinho, tratado no contexto da teodiceia por Leibniz, o mal aporta como objeto de preocupação para a moral em Kant. Muito conhecido por sua definição como um kantiano pós-hegeliano, é com Kant, mas indo além dele que Weil trata do mal, pensando-o como formas de violência. Considerada como o outro do sentido e da razão, a violência se manifesta (...) de maneiras variadas. Nosso intuito é determinar o conceito de mal em Eric Weil enquanto forma de violência. Para isso, nos propomos a situar no esquema conceitual da violência duas formas de mal discutidas por Weil nos seus textos: o mal radical e o mal diabólico. (shrink)

A visão de Hegel como um pensador conservador não é um fenômeno isolado. Para alguns críticos, Hegel é comumente considerado um apologeta do Estado prussiano e um filósofo daquilo que comumente se denomina estatismo. Eric Weil, contudo, não considera essa definição como condizente com uma retratação fiel do filósofo alemão, assemelhando-se mais a uma caricatura. Nesse sentido, Weil defende uma leitura do pensamento político hegeliano que põe em xeque essa visão, fazendo uma crítica da crítica que, tal como (...) Kant é o rigorista moral, ou Platão é o filósofo das Idéias, coloca Hegel como o filósofo do estatismo e para quem o indivíduo é nada e o Estado é tudo. Para determinar até que ponto essa perspectiva possui lastro, Weil advoga em favor de uma análise do pensamento político de Hegel, inquirindo sobre a real dimensão que o Estado possui no seio desse pensamento. É dessa maneira que é possível delimitar até que ponto esse retrato comumente traçado de Hegel corresponde com a realidade. (shrink)

Eric Weil was born in Parchim in Mechlenburg in 1904 and died in Nice in 1977. He completed his doctorate with the philosopher Ernst Cassirer in 1928 in Hamburg. In 1933 he left Germany and settled in Paris. Weil joined the French army in 1939 and was interned in 1941 as a P.O.W. He completed his French doctorate with a major thesis, La Logique de la philosophie, and a minor thesis, Hegel et l’ état. Both books have become landmarks (...) of contemporary philosophical thought. Weil, being a systematic thinker, completed the Logic with a Philosophie politique and a Philosophie morale. His other books include a volume on Kant, Problèmes kantiens, and three volumes of collected essays, Essais et conférences. If we ask what tradition Weil’s philosophy reflects, we might say that he is a thinker who ponders the discourse of philosophy from Aristotle to Hegel. He is concerned with an elaboration of those categories and attitudes which make possible the comprehension of ourselves as reasonable beings attempting to grasp the meaning of a world which we have not created, but which is receptive to reason. These categories are elaborated in the Logic of Philosophy; they embody the categories of Aristotle, Kant, and Hegel. They reveal the dialogue of philosophy, the continuous universal discourse of reason which defines philosophy as the determination of the concept, a determination that is expounded not only in the forward movement of thought, but also in the rethinking which is the source of philosophic movement. The encompassing achievement of Weil’s Logic of Philosophy is yet to be realized. It is one of the great monuments to systematic philosophy. In the chapter on twentieth-century philosophy in France, Yves Belaval could state, “It is still too early to appreciate the profound influence of his teaching”. (shrink)

O que se pretende com este artigo é mostrar, seguindo o itinerário da sucessão das categorias, que é o mesmo das atitudes nas quais o homem se compreende, a relação entre as duas últimas categorias da Lógica da filosofia - Sentido e Sabedoria - e a ideia de cidada­nia. Com efeito, a tese de fundo deste texto consiste em dizer que uma das originalidades do pensamento de Eric Weil reside justamente no conceito de retomada, que é um conceito (...) de compreensão, e dizer, ao mesmo tempo, que ele é decisivo para a problematização da relação entre Sentido, Sabedoria e cidadania. (shrink)

O artigo visa mostrar como Eric Weil (1904-1977) recompreendeu a famosa tese do “fim da história”, elaborada por Alexandre Kojève (1902-1968) desde os anos de 1930, propondo uma nova versão de caráter essencialmente “kantiano pós-hegeliano”: um elemento teórico fundamental do inter histórico- filosófico weiliano, que emergiria claramente dos estudos específicos sobre Kant aos quais Weil se dedicou de modo pontual a partir da década de 1960. Veremos, portanto, como as reviravoltas “práticas” de tal recompreensão tenham de fato indicado a (...) estrada para a constituição de uma nova filosofia política, eminentemente crítica e antidogmática. (shrink)

RESUMO O artigo apresenta a proposta de Eric Weil para a leitura filosófica de um evento histórico. Trata-se de um exercício de filosofia da história, destacando os termos essenciais da relação entre filosofia e história, o que assume traços precisos na reflexão de Weil sobre o avanço histórico. Para tanto, acompanha a reflexão de Weil sobre as recepções britânica e alemã da Revolução francesa, isto é, do pano de fundo a partir do qual podemos compreender os contornos modernos da (...) moral, da política, da filosofia e da história. Em outras palavras, ao pensar a Revolução, o filósofo lida com Breakthrough que funda o novo quadro referencial no qual são recolocadas as questões da tradição, do sentido e do fim da história. ABSTRACT This paper presents Eric Weil’s proposal for the philosophical reading of a historical event. It is an exercise in the philosophy of history, highlighting the essential terms of the relationship between philosophy and history. These same terms assume precise features in Weil’s reflection on historic Breakthrough. To do this, the article follows Weil’s reflection on the British and German reception of the French Revolution, that is, from the background from which we can understand the modern contours of morality, politics, philosophy and history. In other words, when thinking about the Revolution, the philosopher deals with the framework that founds the new references of the questions of tradition, meaning and the end of history. (shrink)

Ce premier numéro des Cahiers Eric Weil contient deux textes d'Eric Weil: une réédition de "Violence et langage" de 1967 et un inédit de 1974: "L'avenir de la philosophie". Il contient également des études sur la philosophie de Weil.Ont...

Autant d'études classiques qui accompagnent les grands ouvrages d'Eric Weil, Logique de la philosophie, Philosophie morale, Philosophie politique.

A sociedade moderna weiliana se caracteriza entre outras coisas pela sua sua concepção de ciência. Ambas fundadas no princípio do cálculo eficaz, a compreensão de seu funcionamento e de suas limitações caminham juntas. Assim, analisar a sociedade moderna contempla uma discussão da instância que funciona como sua autoconsciência: a concepção de ciência que lhe é própria, as ciências sociais, cuja matriz é a ciência da natureza. Ciência e sociedade moderna são compreendidas no âmbito da categoria weiliana da condição. Aqui não (...) existe apelo a um princípio incondicionado. Desse modo, a questão do sentido não pode ser feita. Não se trata com isso de renunciar às conquistas da ciência moderna. Na visão de Weil, entretanto, deve-se reconhecer que a questão do sentido pode ser feita adequadamente. Isso porque ela deve ser posta pela filosofia. Nosso objetivo no presente trabalho é discutir a relação entre sociedade moderna, ciência moderna e o sentido. Isso porque se existe uma ciência de uma sociedade eficaz também existe uma ciência do sentido: essa é a filosofia. (shrink)

La philosophie politique d'Eric Weil analyse les problemes auxquels est confronte l'Etat moderne: le conflit entre l'Etat et la societe, la mondialisation de la societe moderne, la necessite et les risques d'une organisation politique internationale. Elle definit l'enjeu de l'action politique: la liberte reelle de l'individu, la possibilite offerte a tous de mener une vie sensee par la reduction de la violence sociale et politique.

What kind of political philosopher was Hegel? In what ways was he right and wrong, and how much does it matter? To what extent can he be held responsible for the factions that came after him? Was he the founder of modern revolutionary theory, the great conservative champion of the Prussian militarist state, or a philosopher with equal appeal to left and right? The controversy surrounding such questions is fed both by the facts of Hegel's life and by the immense (...) range of views expressed in his writings and lectures. In Hegel and the State Eric Weil reviews these disputes, their philosophic underpinnings, and their historical consequences, providing an introduction to the breadth of Hegel's thoughts about politics as well as a reliable guide through its twists, turns, and detours. First published in 1950, Hegel and the State has become one of the few classics of Hegel studies. It is now available for the first time in English translation in an edition that includes Weil's closely related essay, "Marx and the Philosophy of Right ," an examination of Marx's most direct confrontation with Hegel's philosophy. (shrink)

cinq conférences Eric Weil. IV LA CONSTITUTION II faudra donc admettre que l' État hégélien est fondé sur la liberté et agit en vue de la liberté, que, pour citer le mot d'un des disciples immédiats du philosophe, la Philosophie du Droit « tout ...

Cinq études sur l'un des textes fondamentaux de la pensée hégélienne. La "Philosophie du droit" et la philosophie de l'histoire hégélienne, par Eric Weil. La forme logique et systématique de la "Philosophie du droit", par Karl-Heinz Ilting. Dialectique et conflit - Elément d'une sociologie des conflits dans la "Philosophie du droit" de Hegel, par Eugène Fleischmann. Le prince hégélien, par Bernard Bourgeois. De quelques malentendus entre Hegel et les juristes, par Jean-Louis Gardies.

Si la morale est la premiere philosophie parce qu'elle concerne l'homme en sa totalite, avec ses desirs, ses passions et ses problemes, si l'histoire de la philosophie montre que c'est par elle que tous les penseurs ont accede a la philosophie, on comprend l'importance de la philosophie morale pour Eric Weil. Cette morale qui, pour le philosophe veut etre pensee en meme temps que vecue, vecue en meme temps que pensee, doit etre fondee en raison; d'ou la premiere partie (...) de l'ouvrage: Le contenu de la morale. Enfin, elle a a se refracter comme aspect de la sagesse dans l'existence de l'individu, d'ou: La vie morale. (shrink)

How engineers know, and act on that knowledge, has a profound impact on society. Consequently, the analysis of engineering knowledge is one of the central challenges for the philosophy of engineering. In this article, we present a thematic multidisciplinary conceptual survey of engineering epistemology and identify key areas of research that are still to be comprehensively investigated. Themes are organized based on a survey of engineering epistemology including research from history, sociology, philosophy, design theory, and engineering itself. Five major interrelated (...) themes are identified: the relationship between scientific and engineering knowledge, engineering knowledge as a distinct field of study, the social epistemology of engineering, the relationship between engineering knowledge and its products, and the cognitive aspects of engineering knowledge. We discuss areas of potential future research that are underdeveloped or “undone.”. (shrink)

How engineers know, and act on that knowledge, has a profound impact on society. Consequently, the analysis of engineering knowledge is one of the central challenges for the philosophy of engineering. In this article, we present a thematic multidisciplinary conceptual survey of engineering epistemology and identify key areas of research that are still to be comprehensively investigated. Themes are organized based on a survey of engineering epistemology including research from history, sociology, philosophy, design theory, and engineering itself. Five major interrelated (...) themes are identified: the relationship between scientific and engineering knowledge, engineering knowledge as a distinct field of study, the social epistemology of engineering, the relationship between engineering knowledge and its products, and the cognitive aspects of engineering knowledge. We discuss areas of potential future research that are underdeveloped or “undone.”. (shrink)