Abstract
Contrariamente à visão tradicional de Kant como um puro retributivista, as interpretações recentes da teoria kantiana da pena propõem uma teoria mista da retribuição e prevenção geral. Embora ambos elementos sejam literalmente corretos, tentarei mostrar os limites de cada um deles. Sustentarei que a teoria kantiana da pena não é consistente com seu próprio conceito de lei. Proponho, então, uma outra justificação para a pena: especial e reabilitação. A crítica kantiana do utilitarismo não afeta essa alternativa, que tem, outrossim, apoio em Kant e é totalmente consistente com sua própria concepção de lei.