Abstract
Seguindo de perto a caracterização que Robert Blanché faz da lógica dos modernos em seu livro História da Lógica de Aristóteles a Bertrand Russell, pretendo mostrar como as Regulae de Descartes instanciam paradigmaticamente algumas das principais características das lógicas reformadas, típicas desse momento histórico. O próprio Blanché oferece vários exemplos do pertencimento de Descartes a esse contexto. De minha parte, pretendo contribuir com a discussão realizando um exame mais detalhado da parte final da Regra X, na qual desponta, já nesta que é uma das primeiras obras de Descartes, certa noção de atividade mental, que está em relação tanto com as críticas cartesianas às matemáticas, no Discurso do Método, quanto com o argumento do cogito, nas Meditações.