Abstract
There are several difficulties, largely the product of the distinctive question and paths of Heidegger's thinking, that beset any attempt to determine his philosophical heritage. In the first part of the following paper, after reviewing these difficulties, the author argues that Heidegger is, nonetheless, singularly and quite rightly preoccupied with the heritage of his thinking. In the second part an attempt is made to show how a particular understanding of being, namely, being as presence and absence, motivates various paths taken by his thinking, paths which, indeed, have given rise to several appropriations of his thinking in the present: pragmatic, religious, hermeneutical as well as in the philosophy of art and technology. In the final part of the paper the author identifies some of these ongoing "Heideggerian heritages," but with the aim of underscoring their dependence upon what for the author is the principal heritage of his thinking, a way of thinking about being that recovers its fundamentally historical character. /// Existem várias dificuldades, as quais são em larga medida produto da questão distintiva e dos diversos caminhos do pensamento de Heidegger, que condicionam toda e qualquer tentativa de determinar a sua herança filosófica. Na primeira parte do presente artigo, o autor, depois de mencionar as sobreditas dificuldades, argumenta que Heidegger, apesar de tudo, está singularmente, e apropriadamente, preocupado com a herança do seu pensamento. Na segunda parte, é feita uma tentativa no sentido de mostrar até que ponto uma compreensão particular do ser, nomeadamente do ser como presença e ausência, deu lugar a diversas apropriações do pensamento heideggeriano no presente: apropriação pragmática, religiosa, hermenêutica, bem como no âmbito da filosofia da arte e da tecnologia. Finalmente, na sua última parte, o presente artigo identifica algumas das "heranças heideggerianas" correntes, mas com a intenção de sublinhar a sua dependência em relação àquilo que para o autor constitui a principal herança do seu pensamento, nomeadamente, um modo de pensar acerca do ser que recupera o seu carácter fundamentalmente histórico.