Abstract
Este artigo apresenta uma exegese do In Physica II, 1, l. 11-14 de Filipono, texto no qual o autor expõe uma compreensão da noção de força como formadora e diretiva da totalidade dos corpos na medida em que os mantém no ser, conferindo, portanto, unidade e ordenação ao cosmo. Nesse contexto, é possível sustentar que a força vinculada com a locomoção natural dos corpos simples tomados em conjunto, o cosmo, é uma anima mundi. Para tanto, a noção de vida, também presente no In Physica II, 1, l. 11-14, é tomada como chave de leitura, uma vez que por ela tem sentido afirmar que o cosmos possui uma forma, esta que, no limite, é a própria alma do cosmo.