Abstract
O presente artigo busca aproximar Adorno de Nietzsche, não como a exaltar ressentimentos e picuinhas, mas como a dialogar aspectos da crítica de ambos a uma cultura igualitária formadora de uma humanidade decaída e violenta, além de dócil e pouco crítica. Como leitor de Nietzsche, Adorno acertou ao indicar os processos de nivelamento social promovidas pelas sociedades econômicas contemporâneas. Assim como sua racionalização instrumental que culminou na barbárie(1939-1945). Exporemos uma crítica que busque diminuir os esteriótipos dos autores aproximando mais, o social, de Nietzsche, e o sujeito individual, de Adorno. No fim, tentaremos demonstrar como o conceito de solidariedade em Adorno não resolve melhor a questão ética, que a avaliação como valor para a construção de valores, sendo a proposição imoralista de Nietzsche, muito mais um recurso provocativo, que uma assertiva de caráter fundamental.