Abstract

O presente paper integra o projeto de pesquisa que estou desenvolvendo, e cuja finalidade é a de erigir um modelo teórico dedicado ao clássico e sempre reinventado ‘problema das relações mente-corpo’. O estágio atual desta pesquisa se dedica a conciliar uma perspectiva emergentista das propriedades mentais com a tese de que a mente emerge das indissociáveis relações de interação e de integração entre encéfalo, corpo-propriamente-dito e meio-ambiente. Para tanto, buscarei demarcar as razões para defender uma abordagem que seja monista e, ao mesmo tempo, incompatível com as perspectivas fisicalistas que aderiram em maior ou menor grau ao programa reducionista. Como pretendo sustentar, a perspectiva emergentista é a que melhor se adequa a essas exigências. Em sentido diverso do fisicalismo reducionista, proponho a defesa de um fisicalismo centrado nas noções de complexidade e de irredutibilidade das propriedades emergentes.