Abstract
Um livro, uma criança, uma escritora louca, uma língua sem tradução literal: os sentidos descentram-se de um significado despótico. Todos são estrangeiros a todos. Não existe uma figura única do ser estrangeiro. Há, aí, uma condição poética. Aprender é traduzir: viver a irredutibilidade de ser outro. Indefinidamente. Desde um gesto pelo qual a educação se desenha na forma de interrogação das condições de im-possibilidade de leitura e de escrita da vida. Aprender faz-se no gesto de sobreviver, resistir, criar na experiência de uma linguagem no entre-dois.