Abstract
O estudo examina um dos modos de realização da formação sanitária empreendida por médicos gaúchos junto a uma escola técnico profissional para trabalhadores, nas primeiras décadas deste século, no Rio Grande do Sul. Busca-se demonstrar que as ações e estratégias desencadeadas pelos médicos conferiram uma forma, uma identidade ao processo de formação, forma essa associada à constituição de sujeitos com consciência sanitária e comportamento higiênico. A investigação volta-se para a extensa rede de saberes e poderes que elegeu a escola como locus privilegiado de atuação de higienistas que associaram a prática da higiene a um ideal de civilidade, urbanidade e progresso.