Odeere 7 (1):217-234 (
2022)
Copy
BIBTEX
Abstract
Este artigo atende às provocações dos seres encantados que atuam na construção de nossa Filosofia afro-brasileira estimulando a criação de novas epistemologias através do fazer-negro centrado no mistério, na Força Vital, no diálogo com o Tambor e o Batuque e no poder da Palavra, todos estes saberes ancestrais que preenchem e conduzem nossa formação acadêmica como mulheres e pessoas negro-periféricas. Utilizaremos os termos “Filosofia afro-brasileira” ou ainda “Filosofia negro-brasileira” para tratar desses saberes sem que haja diferenciação entre eles. Somos duas pesquisadoras que trabalham os rastros de africanidade nas expressões artísticas e socioculturais buscando seus sentidos e impactos políticos na contemporaneidade. Através de estudos nas ciências sociais, relações étnico-raciais e do campo artístico, queremos identificar, investigar e registrar a filosofia negro-brasileira, fundante de uma epistemologia proposta por mulheres negras, com base no legado africano e pautada na dialogia entre material e imaterial. Desejamos propor novos olhares para a história dos antepassados e descendentes de africanos, contribuindo para o fortalecimento e re-construção do imaginário social ocidental no sentido da emancipação antirracista. A proposta em questão neste artigo aponta expressões culturais sofisticadas da comunidade preta, que corroboram para a ressignificação dessa coletividade destituída de sua humanidade pela estrutura racista. formação acadêmica como mulheres e pessoas negro-periféricas. Utilizaremos os termos “Filosofia afro-brasileira” ou ainda “Filosofia negro-brasileira” para tratar desses saberes sem que haja diferenciação entre eles. Somos duas pesquisadoras que trabalham os rastros de africanidade nas expressões artísticas e socioculturais buscando seus sentidos e impactos políticos na contemporaneidade. Através de estudos nas ciências sociais, relações étnico-raciais e do campo artístico, queremos identificar, investigar e registrar a filosofia negro-brasileira, fundante de uma epistemologia proposta por mulheres negras, com base no legado africano e pautada na dialogia entre material e imaterial. Desejamospropor novos olhares para a história dos antepassados e descendentes de africanos, contribuindo para o fortalecimento e re-construção do imaginário social ocidental no sentido da emancipação antirracista. A proposta em questão neste artigo aponta expressões culturais sofisticadas da comunidade preta, que corroboram para a ressignificação dessa coletividade destituída de sua humanidade pela estrutura racista.