Abstract
Este artigo realiza uma incursão sobre os cadernos que Emmanuel Levinas escreveu durante o período que esteve em cativeiro em poder dos hitleristas, os chamados cadernos do cativeiro. Nossa análise terá por base, além destes cadernos, algumas observações que a filósofa portuguesa Fernanda Bernardo teceu sobre esse material levinasiano. Nossa hipótese é de que, conforme expressão de F. Bernardo, a assinatura ético-metafísica que Levinas gestou no seu período de cativeiro pode ser melhor entendida enquanto uma assinatura ético-socialista, ou seja, sustentaremos que Levinas concebeu sua filosofia, sua ética, desde uma perspectiva declarada e consequentemente socialista. Palavras-chave: Socialismo, Liberalismo, Necessidade, Consumo, Propriedade.