Abstract
Este artigo problematiza as categorizações operacionalizadas por políticas públicas de exceção e de contenção da violência, no que tange a construção de certa “identidade do terror”, isto é, um arranjo classificatório e universalizante que desempenha um papel essencial na identificação de grupos, supostamente “perigosos”, com o terror. Nesse sentido, analisaremos três exemplos de diferentes circunstâncias envolvendo atentados [terroristas] e o tratamento oficial recebido por eles quanto à sua natureza. Pretende-se, assim, associar a dimensão das identidades e das representações sociais às políticas públicas de segurança, legitimando a instauração de mecanismos de exceção, dispositivos de segurança e gerenciamento, que se estendem desde a própria população até aquelas espalhadas pelo globo.