A ética da revolta de Albert Camus e o ato de jogar

Cuadernos de Filosofía Latinoamericana 44 (129) (2023)
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Abstract

O jogo é entendido enquanto um fenômeno complexo, em que a ação do jogador se caracteriza pela eticidade, uma vez que, além de expressar sua subjetividade, visa à boa vida (no caso do jogo, o prazer e a vitória). Assim, o caráter ético da ação do jogador se constitui em um ambiente de jogo, local que a imprevisibilidade, a dinâmica e as novas organizações estão presentes. Dessa maneira, faz parte da função do jogador compreender o ambiente em que ele se encontra, ou seja, entender como as organizações do jogo ocorrem. De modo semelhante, o conceito chamado de “absurdo”, criado por Albert Camus, filósofo franco-argelino, assemelha-se a essa demanda do entendimento do meio em que se vive, ao exaltar a tomada de consciência. Como consequência, segundo ele, o único movimento possível, posterior à compreensão do absurdo é a revolta, ação pautada na expressão do sujeito, com vistas à justiça, à coletividade e à unidade, baseando-se em limites que não devem ser ultrapassados. A partir disso, portanto, pensa-se na possibilidade de entender o jogador enquanto um homem revoltado no jogo, buscando, dada a identificação do meio em que se está, o sucesso de sua equipe, através de suas ações.

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