Abstract
Os Essays on the Law of Nature relançaram o debate em torno das relações entre a epistemologia e a filosofia política de Locke. O artigo aborda dois aspectos desta obra em que essas relações são particularmente visíveis: a definição lockiana da lei natural e a questão da sua cognoscibilidade. A comparação com as passagens paralelas de Tomás de Aquino, a que Locke alude, permite destacar a singularidade da posição de Locke, pondo em evidência o seu voluntarismo. Mencionam-se alguns aspectos desta concepção da lei natural, que tem o seu fundamento último num certo modo de entender a razão humana e o seu alcance, e enunciam-se algumas das suas consequências.